quinta-feira, 29 de março de 2007

Toma lá dá cá, me dá meu troco...


Sou mal. Nunca fui bom, mas atualmente estou péssimo! Isso mesmo, sei bem distinguir aquele amigo que só lembra do meu endereço, telefone ou e-mail quando precisa de mim. Mesmo me calando quando sou mal atendido, não deixo o silêncio tomar conta das minhas atitudes. Vou dando tempo ao tempo e, quando posso, revido de alguma maneira. Chamam isso de vingança... Eu chamo de paciência.
Sempre levo minha fotografias para serem reveladas num local de revelação perto da Direito. O atendimento é ruim, as atendentes são feias... Até que isso não tem problema, mas elas são muito mal educadas. Além de tudo elas nem sequer te dão uma sacolinha, quanto mais aqueles álbuns... Mas possuem preços módicos e é só isso o que me prende àquele lugar...
Hoje fui lá recolher umas fotos que tinha deixado pra revelar. A menina me diz: "um e trinta e oito". Sim, foram só essas palavras. Olhei pra ela e me lembrei de todas as vezes que ela foi monossilábica comigo. Todas as vezes que ela torceu o nariz quando eu perguntei se tinha álbum. Todas as vezes que ela revirava os olhos quando eu reclamava do prazo que não tinha sido cumprido.
Entreguei-lhe "um e quarenta". Ela me disse um "obrigado" que significava: "vou cobrar um e quarenta, pode ir embora". Eu como estava fiquei. Ela fechou a gaveta de dinheiro e começou a lixar as unhas... Eu estático continuei. Até que ela me olhou com uma cara do tipo: "você está ainda do outro lado do balcão?" e eu pronunciei pausadamente as seguintes palavras: "não era um e trinta?".
Poucas vezes verei uma cena tão compensadora do que ela revirando a gaveta para encontrar dois centavos para o meu troco...
A vingança só não foi um prato que se come frio porque o calor aqui em BH está insuportável...
Mustafá!

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