sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Silêncio de mim

Hoje acordei com uma vontade imensa de ficar só. Sozinho de mim também. Levantei com uma vontade de não pensar em nada, inclusive nos sentimentos mais meus. Rezei para que quando abrisse a janela estivesse nublado e frio, para que eu pudesse mergulhar minha cabeça no edredon, assistir a um filme B, nas sessão da tarde (que fosse!), e me empanturrar de leite condensado...

Lá estava o sol. Ele não cobrava de mim sua existência e nem me questionava o porquê de eu desejar o seu sumisso. Gosto de coisas assim: que existem e não interferem na minha existência... Que brilham, apesar da minha falta de brilhantismo, mesmo que momentânea...
O céu estava bonito e eu lembrei que tinha dentista. Isso significa, inevitavelmente, dor de dente à noite... Troquei o meu programa de sessão da tarde pelas minhas responsabilidades... Palavra chata essa: responsabilidade! Sexta-feira e responsabilidade não poderiam se encontrar...
Mas sol brilha independente de nossa vontade. Mas nossa vontade é so uma num mundo muito grande que funciona com a vontade de todo mundo, que na verdade nem existe... É consenso...
Preciso ficar mais quieto comigo mesmo... E isso não significa silêncio...
Mustafá!
Para ler:

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