quarta-feira, 22 de março de 2006

Eu, mentiroso, confesso...


Grandes mentiras repetidas com veemência se tornam grandes verdades, isso todo mundo já sabe... Agora, grandes fofocas mentirosas também?

Bem, tudo começou num afã de uma conversa. Estávamos todos na Faculdade de Direito, enquanto tomávamos café, falando pelos cotovelos. Conversa vai, risada vem. Falamos das tragédias pessoais e dos escândalos coletivos. Como de praxe... Alguém emenda com o assunto da minissérie JK. Falamos sobre o que era verdade e o que não era. Os personagens verídicos e os fictícios... Enquanto isso, numa conversa paralela, eu escuto:

- A mulher do JK mandava matar!

Eu pensei: “não, não pode ser. Uma pessoa retratada tão tranqüila. Tão sem sal e sem açúcar pela Deborah Falabella no início, igualmente sem graça pela Marília Pêra na segunda fase... Mas que horror, uma pessoa que dá nome a hospital, “Sarah
Kubitschek”, matar pessoas.

Espalhei para a família inteira. A mulher do JK mandava matar! “Matava quem?”, perguntavam. Sei lá, eu respondia, talvez um inimigo político, talvez uma amante mais afoita que a Letícia Sabatela...

Qual não foi o meu espanto ao saber que na verdade o JK que havia sido pronunciado em meio a nossa conversa referia-se ao condomínio existente em BH. E a mulher do JK era uma moradora do condomínio e naão a esposa do ex-presidente...

Como dizer pra todo mundo que a Marília Pêra não é uma assassina. Que JK não dormia com inimigo?!

Tarde demais... Mentira repetida com veemência vira verdade.

Se me perguntarem: “Ué, a minissérie não vai falar que a mulher do JK mandava matar?” Eu respondo: “A Globo não mostraria isso...”
Mustafá!

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