sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

Cada macaco no seu galho...


Talvez agora com essa resolução antinepotismo do STJ, mais precisamente do Conselho Nacional de Justiça, cadeiras serão ocupadas, pelo menos nos órgãos jurídicos da União, por profissionais de verdade e não tios, tias, irmãos, mães, filhos e filhas de verdade. Abaixo aos parentes em órgão públicos!!!

Eu sou da opinião que antes trabalhar com gente estranha e competente do que parente incompetente. Aliás, de parente incompetente as famílias (todas elas!) estão cheias...

Bom que agora as organizações públicas voltarão a ter organogramas e não árvores genealógicas. Porque mais feio que empregar parente só bater na mãe que trabalha no mesmo órgão público em que você é um magistrado.

Bem-vinda a cultura do mérito! Não há nada pior do que, ao responder que você trabalha em órgão público, ouvir alguém lhe perguntar: “quem foi que conseguiu essa boquinha pra você?”. Dá vontade de responder: “Prazer, eu sou a exceção da regra, eu fiz concurso público”.

Bem, de agora em diante, por uma decisão do STJ, parente não é gente, pelo menos gente para ser empregada sem concurso público. Mesmo faltando bom senso agora tem uma resolução para botar ordem em tudo. Imagino o diálogo do magistrado com um funcionário qualquer:
Magistrado: - Leve tudo da minha irmã que estiver aqui. Esse casaco que ela deixou na cadeira. Essas lixas de unha. Esse diskman...
Funcionário qualquer: - Eu sinto muito, ela faleceu?
Magistrado: - Não, só não irá mais poder trabalhar comigo, como minha acessora para assuntos noturnos (entenda-se: baladas e orgias). Problemas contratuais...
Funcionário qualquer: - Mas ela trabalhava aqui?
É isso aí.

Bom findi para todos, inclusive para aqueles parentes que perderam seus cargos, inclusive para aqueles que estavam em seus cargos sob a guarda de uma liminar, inclusive para aqueles que vão continuar sendo meros primos, primas, irmãs, mães, cunhadas e cunhados de magistrados. Phudeu!
Mustafá!

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