
Sempre me irritou essa estória de toda estória estar vinculada a um julgamento ou valor. Isso de numa simples narrativa tentar se dizer o que é bom ou ruim, propagar a bondade e veicular informações outras que não o prazer e a distração da leitura: leitura por leitura mesmo, com fim em si mesma.
Por quê o patinho feio tem que se tornar cisne para ser aceito na sociedade dos patos?
Se ele continuasse pato ele seria excluído só por ser feio?
Saio em defesa dos patos excluídos por uma sociedade que privilegia a beleza em detrimento do conteúdo. O pato é feio, mas tem muita cuca nessa estória! Ele não pode ser simplesmente um pato feio e ser feliz? Que o poeta diga que beleza é fundamental tudo bem, mas isso não quer dizer que é pressuposto para a felicidade! E se o pato se casar com uma pata feia? E a velha estória da tampa encontrar com a panela? Como fica?
Muitas indagações nesse mundo literário que institui a beleza como causa da felicidade (vide a estória da Cinderela e outras mais. Ou você acha que se ela fosse feia, mesmo o sapato servindo, ela se casaria com o príncipe?); que prega a punição contra a criatividade (vide Joãozinho e Maria que escolheram novos caminhos e foram pegos pela Bruxa); por falar nela, quem disse que Bruxa é sempre má e tem nariz pontiagudo com uma verruga na ponta? O mal pode parecer, muitas vezes, ébonito e mais inteligente, características muito mais tentadoras do que a falta de escrúpulos...
Mudando de assunto, de pato para ganso, ou melhor, de ganso para patos, a estória do Patinho feio só me faria sorrir ainda como criança se o pato descobrisse que para a feiúra tem remédio (botox, lipos etc.), para a falta de inteligência e para o preconceito não!
Prefiro ser o Patinho Feio a ser uma Dona Pata que tem vergonha do próprio filho...
Mustafá!
Por quê o patinho feio tem que se tornar cisne para ser aceito na sociedade dos patos?
Se ele continuasse pato ele seria excluído só por ser feio?
Saio em defesa dos patos excluídos por uma sociedade que privilegia a beleza em detrimento do conteúdo. O pato é feio, mas tem muita cuca nessa estória! Ele não pode ser simplesmente um pato feio e ser feliz? Que o poeta diga que beleza é fundamental tudo bem, mas isso não quer dizer que é pressuposto para a felicidade! E se o pato se casar com uma pata feia? E a velha estória da tampa encontrar com a panela? Como fica?
Muitas indagações nesse mundo literário que institui a beleza como causa da felicidade (vide a estória da Cinderela e outras mais. Ou você acha que se ela fosse feia, mesmo o sapato servindo, ela se casaria com o príncipe?); que prega a punição contra a criatividade (vide Joãozinho e Maria que escolheram novos caminhos e foram pegos pela Bruxa); por falar nela, quem disse que Bruxa é sempre má e tem nariz pontiagudo com uma verruga na ponta? O mal pode parecer, muitas vezes, ébonito e mais inteligente, características muito mais tentadoras do que a falta de escrúpulos...
Mudando de assunto, de pato para ganso, ou melhor, de ganso para patos, a estória do Patinho feio só me faria sorrir ainda como criança se o pato descobrisse que para a feiúra tem remédio (botox, lipos etc.), para a falta de inteligência e para o preconceito não!
Prefiro ser o Patinho Feio a ser uma Dona Pata que tem vergonha do próprio filho...
Mustafá!
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