
Meu objetivo não é competir com o Axé! Longe de mim competir com uma dança de nacionalidade brasileira que movimenta multidões... Seria impossível, mas não é o que pretendo. Só queria que as pessoas inserissem na política de “pão e circo” a cultura.
Dentro das atividades que desenvolvo nos meus trabalhos voluntários, estou ministrando um curso de “Auxiliar de bibliotecas”. Ao todo foram 8 inscritos, mas só três ficaram até o final. Não me importo com esse número, desde que essas 3 pessoas se tornem bons naquilo que escolheram fazer ou que pelo menos encarem uma biblioteca de uma maneira diferente do que viam antes.
Nesse final de semana, enquanto discutíamos sobre o prazer pela leitura, o hábito de ler e realizávamos nossas dinâmicas do curso uma música atrapalhou nossa conversa. Ela não parava e, quando fui fechar a janela, para que o som abafasse, percebi que havia, logo ali perto de onde estávamos uma aula de Axé. Não pude contar quantas pessoas se remexiam em cima da laje. Elas eram muitas. As crianças ao redor - aquelas mesmas que não têm paciência quando a gente começa a ler um livro ou propõe uma leitura e pulam de um lado para o outro como se fossem pulgas - estavam sentadas observando a “aula”.
Pensei nesse final de semana levar meus cds de axé para ver se o ibope da minha aula cresce. Pensei também em fazer aula de axé e me tornar professor de dança. Pensei em me juntar a eles no próximo fim de semana.
Pensei muito e por pensar muito resolvi que não! Eu ainda penso. Eu não posso parar de pensar. Eu não posso virar as costas para três pessoas que ainda querem pensar. Elas podem até gostar e ouvir axé em outras horas de seus dias, mas elas ainda pensam. Elas querem uma profissão. Elas querem ser úteis. Isso uma balançada em cima da laje não daria a elas...
Dentro das atividades que desenvolvo nos meus trabalhos voluntários, estou ministrando um curso de “Auxiliar de bibliotecas”. Ao todo foram 8 inscritos, mas só três ficaram até o final. Não me importo com esse número, desde que essas 3 pessoas se tornem bons naquilo que escolheram fazer ou que pelo menos encarem uma biblioteca de uma maneira diferente do que viam antes.
Nesse final de semana, enquanto discutíamos sobre o prazer pela leitura, o hábito de ler e realizávamos nossas dinâmicas do curso uma música atrapalhou nossa conversa. Ela não parava e, quando fui fechar a janela, para que o som abafasse, percebi que havia, logo ali perto de onde estávamos uma aula de Axé. Não pude contar quantas pessoas se remexiam em cima da laje. Elas eram muitas. As crianças ao redor - aquelas mesmas que não têm paciência quando a gente começa a ler um livro ou propõe uma leitura e pulam de um lado para o outro como se fossem pulgas - estavam sentadas observando a “aula”.
Pensei nesse final de semana levar meus cds de axé para ver se o ibope da minha aula cresce. Pensei também em fazer aula de axé e me tornar professor de dança. Pensei em me juntar a eles no próximo fim de semana.
Pensei muito e por pensar muito resolvi que não! Eu ainda penso. Eu não posso parar de pensar. Eu não posso virar as costas para três pessoas que ainda querem pensar. Elas podem até gostar e ouvir axé em outras horas de seus dias, mas elas ainda pensam. Elas querem uma profissão. Elas querem ser úteis. Isso uma balançada em cima da laje não daria a elas...
*Verso de "Vamos a luta!"
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