Eu não tenho vocação para ser fã de carteirinha... Não consigo ser fiel a vida inteira ao mesmo cantor, ao mesmo artista, seja ele quem for...
Eu assumo. Eu não consigo mais gostar do Roberto Carlos, por ele estar com aquele cabelo ultrapassado e mal tratado, mesmo ele continuando fazendo músicas para seus amores perdidos, mesmo ele cantando ainda “detalhes tão pequenos de nós dois...”
Eu não consigo gostar do Legião Urbana como antes. As letras são profundas, eu sei, e por isso me deprimem... As letras falam em revolucionar, mas a música é fraca e me deixa estático... Eu não consigo sair por aí com uma camiseta preta com o Renato Russo estampado “amando as pessoas como se não houvesse amanhã...” Faroeste Caboclo é longa demais e meu tempo é curto... (um amigo meu me disse que costuma, quando vai a um churrasco e as pessoas começam a cantar “Faroeste caboclo”, conhecer a casa, os pais e a família do anfitrião. Dá tempo de sobra!).
Eu não consigo entoar aos quatro ventos “bem que se quis...” E os Tribalistas me cansaram... Mariza Monte me stressou com a displicência de “já sei namorar”.
Eu sou cria de uma geração cujas celebridades são instantâneas... Quinze minutos de fama é muito tempo pra mim... Não tenho paciência com grandes carreiras. Gosto de Skank e sou obrigado a ouvir Bonde do Tigrão. Ouço Paralamas e, ao mesmo tempo, Latino e Kelly Key são empurrados minha guela abaixo. Convivo com Caetano, Bethânia, Chico, mas os sucessos são dos Mamonas, Braga Boys... e eu nem sei mais quem eles são!!!
Mustafás esquecidos!!!
0 Comentários:
Postar um comentário