Relutei com todas as forças para não falar sobre o Big Brother. Não gosto de falar sobre assuntos do tipo “ame-o ou deixe-o”, gosto ou não gosto, entendeu? Gosto de escrever sobre coisas que possuem opiniões diversas e não simplesmente: “não assisto e não comento sobre isso!” Mas assumo que fui vencido. Ontem depois que o programa acabou tentei fazer uma análise psico-social-econômica (risos) do reality show, um exercício sociológico mesmo. Cheguei a conclusão de que, para mim, o Big Brother Brasil é o Brother Gêmeo do Brasil cá de fora em que todos nós estamos confinados, ou seja, um microcosmo que é o retrato fiel de nossa sociedade tupiniquim.
Vejamos: reserva de cotas para pobres (a velha idéia de que pobre nunca vai ser alguém na vida se não houver um empurrãozinho); um bando de condenados a correr atrás de dinheiro nem que para isso seja necessário vender toda a família; mulheres bonitas, mas que desistiram de ser o que eram, que não aceitam a cor natural do cabelo, o fato deles serem ondulados, a ausência de seio, enfim: tirando o que é artificial entram para o rol das pessoas normais; grupos do “bem” (que aparentam ser mais sensatos, que argumentam com mais facilidade e arriscam a conversar sobre alguns assuntos mais complexos, que não chegam a matar para conseguir nada lá dentro) e grupos do “mal” (que realizam lavagens cerebrais, corruptos, que não se preocupam em conversar sobre nada além do jogo, que criam situações imaginárias de perigo, que querem sempre se dar bem...), esses últimos são muito mais divertidos de serem assistidos que os primeiros, como na vida real mesmo; confinados que não conseguem formular uma frase completa e quando o fazem a concordância fica esquecida no confessionário etc. etc. etc.O BBB5 é o retrato fiel da situação do país. Eu se estivesse estirado no meio da rua após um atropelamento e chegasse aquele médico do BBB, diria pra ele: “Eu sou brasileiro, não desisto nunca, me deixe morrer por aqui mesmo que eu tento outra vez na próxima encarnação...”
Vejamos: reserva de cotas para pobres (a velha idéia de que pobre nunca vai ser alguém na vida se não houver um empurrãozinho); um bando de condenados a correr atrás de dinheiro nem que para isso seja necessário vender toda a família; mulheres bonitas, mas que desistiram de ser o que eram, que não aceitam a cor natural do cabelo, o fato deles serem ondulados, a ausência de seio, enfim: tirando o que é artificial entram para o rol das pessoas normais; grupos do “bem” (que aparentam ser mais sensatos, que argumentam com mais facilidade e arriscam a conversar sobre alguns assuntos mais complexos, que não chegam a matar para conseguir nada lá dentro) e grupos do “mal” (que realizam lavagens cerebrais, corruptos, que não se preocupam em conversar sobre nada além do jogo, que criam situações imaginárias de perigo, que querem sempre se dar bem...), esses últimos são muito mais divertidos de serem assistidos que os primeiros, como na vida real mesmo; confinados que não conseguem formular uma frase completa e quando o fazem a concordância fica esquecida no confessionário etc. etc. etc.O BBB5 é o retrato fiel da situação do país. Eu se estivesse estirado no meio da rua após um atropelamento e chegasse aquele médico do BBB, diria pra ele: “Eu sou brasileiro, não desisto nunca, me deixe morrer por aqui mesmo que eu tento outra vez na próxima encarnação...”
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