Essa é a estória do Fulano que recebeu do Criador a chance de mudar o livro de sua vida. Foram essas as palavras: "Fulano, entre na Biblioteca da Humanidade, eu lhe concedo esse direito. Procure o seu livro. Você terá 5 minutos para mudar a sua estória. Reescreva-a como lhe convier". O que lhe era direito, era também dádiva, mas era também dever.
Foi que Fulano, ao entrar na Biblioteca da Humanidade, viu diversos livros. E os livros, de costas pra ele, ofereciam-se com suas lombadas. Fulano correu o olho por todos eles. Encontrou alguns livros de conhecidos seus. Não se conteve. A curiosidade venceu a responsabilidade. Direito, dádiva, dever cederam lugares para o prazer de conhecer a vida alheia. Entreteu-se com a vida do Beltrano, do Ciclano e de quem quer que fosse, enquanto o tempo de permanecimento na Biblioteca da Humanidade era seu. Quando lembrou-se da incumbência, aquela que firmara com o Criador e que mudaria seu destino, ouviu:
"Não há mais tempo. Seu tempo era pouco, agora nada. Cuidou da vida de outros ao invés de cuidar da sua..."
Não teve tempo, o Fulano, de mudar o curso da própria vida. Interessou-se, por demais, pela vida alheia.
Mustafá!
Obs.: Esse conto, fábula ou o que quer que chamem não é meu. Conto, ou reconto, apenas com minhas palavras.
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