sexta-feira, 13 de abril de 2007

Egoísmo permitido


Fiz uma promessa pra mim quando ainda era bem criança. Prometi a mim mesmo que seria feliz. Nessa época felicidade eram férias escolares, leite condensado, presente de aniversário, dia de aniversário e presente debaixo da árvore de natal. Felicidade eram suspiros leves, que dividía com meus pais e irmãos.
A medida que fui crescendo as férias escolares diminuíram, meu paladar foi perdendo o apreço pelo gosto doce da lata de leite moça, os presentes se tornaram mais escassos, o dia do meu aniversário passou a representar responsabilidade e as árvores não cobriam mais meus sapatos na noite de natal.
Dai eu pensar que a felicidade não existia.
Não demorou muito passei a atribuir minha felicidade a outras coisas: à formatura, ao emprego, à roupa... Felicidade virou alguns suspiros curtos, que dividi com muitas pessoas, pois não era nada tão importante assim...
Só recentemente descobri que felicidade é coisa que acontece dentro da gente e não dividi-la com todas as pessoas é argumento para prolongá-la. Algumas pessoas não entedem os suspiros que a gente dá. Ser egoísta, nesses casos, é ser sábio.
Suspiros têm me ensinado muita coisa...
Mustafá!

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