Bush chegará no Brasil amanhã. Não sei, sinceramente, o que ele vem fazer aqui. Não sei por ignorância e por despeito. Não vejo motivos para que aquele que se acha presidente do mundo se desloque, trazendo inclusive seu cachorro, para terras tupiniquins.
Dentre todas as notícias que circundam sua vinda para o País do Avesso (vale dizer que todas me causam nauseas), a que mais me irritou foi a de que barracos serão retirados dos caminhos em que Bush passará. Tudo, muito provavelmente, para que o presidente do país sem nome não veja as mazelas que o cercarão durante sua estadia em São Paulo. Muito trabalho para a Companhia de Engenharia de Tráfego, que demolirá as pseudo-casas; muito sofrimento para os moradores que, ao contrário do cachorro de Bush, dormirão ao relento; muito descaso dos políticos públicos, o que já devíamos ter nos acostumado; muita vergonha para a população em geral. Resumindo: muito esforço pra pouco. Bush provou a todos que não enxerga um palmo a frente do nariz, quanto mais casebres nas beiradas das ruas.
Bush não enxerga o que faz no Iraque e em todos os outros lugares para os quais declara guerra fingindo proteger o mundo. Bush não enxerga a miséria que causa em grande parte dos países em desenvolvimento por alimentar sua voraz política econômica. Bush não enxerga milhares de outras coisas, por que enxergaria os barracos de nossas cidades?
Mal sabem eles que a poeira, com o vento, pode sair de debaixo do tapete...
Mustafá!
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