sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Deu no NYT

"Com a janela abaixada, eu estava relaxando numa cadeira de couro a bordo de um jato executivo de US$ 25 milhões, voando acima de imensa floresta amazônica. Sem aviso, senti uma impressionante sacudida e ouvi um estrondo ensurdecedor, seguido por um silêncio assustador. E então ouvi três palavras que jamais esquecerei. 'Nós fomos atingidos', disse Henry Yandle, outro passageiro.
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Eu tenho sorte de estar vivo - apenas mais tarde eu soube que as 155 pessoas a bordo do Boeing 737, que provavelmente bateu no nosso, não tiveram a mesma sorte.
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Nosso pequeno jato conseguiu permanecer inteiro enquanto um 737 que é maior e cerca de três vezes mais pesado desabou com o nariz apontado para o chão
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Às 15h59 da última sexta, tudo o que pude ver e tudo o que eu sabia era que parte da asa não existia mais. Surpreendentemente, ninguém entrou em pânico. Os pilotos começaram calmamente a procurar o aeroporto mais próximo em seus mapas e controles.
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Pensei em minha família. Não havia sinal para tentar uma ligação pelo celular. E como as esperanças afundavam junto com o sol, começamos a escrever bilhetes para nossas esposas e pessoas queridas, com a esperança de que as notas poderiam ser mais tarde encontradas.
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Mais tarde naquela noite, recebemos cerveja gelada e comida em uma base militar. Nós especulávamos interminavelmente sobre o que tinha causado a colisão. Um balão meteorológico? Alguma parte de um avião que explodiu em algum lugar nos arredores? Qualquer que fosse a causa, estava agora claro que nós nos envolvemos em uma batida nos ares em que nenhum de nós deveria ter sobrevivido"
(Carta do jornalista Joe Sharkey, repórter do "The New York Times". Fonte: Folha On line)
Alguém pode me explicar as frases em negrito? Por quê esses detalhes?
Algumas pessoas não receberam cerveja e comida:
Mustafá! Bom findi...

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