terça-feira, 3 de janeiro de 2006

Resumo da ópera

Bem, tenho muitas novidades e esse post ficará enorme, já vou logo avisando. Até porque resolvi colocar algumas fotos para ficar mais interessante.

Meu aniversário foi muito divertido. Tenho certeza que os amigos que foram e conseguiram entrar gostaram muito. Já os que não foram e os que ficaram na fila do lado de fora, sinto muito... Ganhei muitos presentes e, tenho a impressão, de que as pessoas querem me ver de verde nesse ano que se inicia. Ganhei presentes cultos (livros, cds e dvds) e presentes para as baladas (roupas e bebidas). Gostei de todos. Principalmente adorei a presença de pessoas divertidas e que caíram no samba comigo.

Voltar para Virgínia teve um gosto diferente dessa vez. Levava comigo saudades de todos. Trouxe de volta um pouco de magoa (algumas pessoas têm o dom de fazer isso comigo), um pouco de raiva (sou genioso sim e quando algumas coisas ficam entaladas em minha garganta meu organismo todo responde) e a sensação de que tenho me distanciado cada vez mais de lá (não me reconheço mais nas pessoas, nas conversas, nos programas...). E o pior de tudo: a família não vai bem: ciúmes e inveja e tudo isso misturado. Uma receita perfeita para discussões e para ter a impressão de que não conheço as pessoas com as quais eu convivo há muito tempo.

A noite de natal caiu triste. Quando estamos reunidos as ausências se fazem mais sentidas. Mas nem tudo foi motivo para choro. Ver a família reunida, mesmo que por pouco tempo, foi divertido. Ganhei muitos presentes. Uma constatação: nós não somos mais os mesmos que nos reuníamos em volta daquela mesa da casa da Vó Ita. Não só crescemos, mas pensamos e agimos de maneira diferente um do outro. Resumo da ópera: algumas alfinetadas aqui, alguns abraços meio duvidosos acolá e a rispidez de algumas pessoas de sempre...

Fazer as malas para o Rio foi mais divertido do que eu imaginava. A ansiedade pela cidade maravilhosa somou-se a vontade de sair daquela roda viva que se tornara a minha cidade natal. Chegar no Rio e reencontrar amigos e o mar foi definitivamente maravilhoso.

Eu, Ni, Carol, Ana e Daniel em Ipanema

Algumas experiências inusitadas aconteceram: primeiramente juntar duas pontas da minha vida. Reunir amigos de Virgínia e de BH foi uma coisa muito boa, como se tudo fizesse parte de um bolo muito saboroso. Depois fomos para a Avenida Rio Branco e desfilar ao som de marchinhas e sambas enredo foi como se eu fizesse parte realmente do Rio e me tornasse, momentaneamente, carioca. Acho que puxei o r, sei lá... Bem, de famosos, não vimos ninguém, a não ser o Lobão, o Serginho (cabelereiro do BBB) e a Perla Menescau, ou seja, ninguém de famoso mesmo... Mas sei que estive muito perto de gente muito famosa, afinal de contas assistimos aos fogos num terraço de frente para a praia de Copacabana. Aliás, essa foi outra coisa inusitada. A vida vale mesmo pelos contatos que a gente tem...

Bebemos o suficiente para ficarmos muito mais felizes do que qualquer outra pessoa na orla de Copacabana e Ipanema. Para falar a verdade éramos, sem dúvidas, os mais felizes daquelas 2 milhões de pessoas. Choveu uma quantidade suficiente de água para lavar aquilo que estava estranho em mim do natal. Voltei melhor para casa, mesmo querendo me mudar de vez para o Rio.

O Rio, para variar, é a cidade onde as contradições convivem muito bem. Se quando olhávamos para baixo do terraço enxergávamos um monte de gente amontoada, se espremendo para conseguir olhar para o céu, ao olhar para os lados enxergávamos gente muito fina, elegante e pouco sincera (contrariando as expectativas de Lulu Santos). Mas todos, dos que empunhavam champagnes aos que arrastavam uma cidra, estavam muito felizes.


Niã, Carol, eu e Ana estourando Champagne

Fabi, Ni, eu, Ana e Wal no terraço de frente pro mar em Copacabana

A nossa vista...

O carnaval que aquilo se formou...

Os fogos...

Não fiz planos para 2006. 2005 foi um ano muito tranqüilo e se essa tranqüilidade permanecer ficarei feliz. Descobri que tenho alguns amigos muito sinceros. A vontade de estar ao lado de todos vendo aqueles fogos fez com que eu tivesse que engolir o choro, mas foi, tenho certeza, melhor do que não sentir nada ou ainda solidão.

Descobri também que família não se constrói com boas intenções, se constrói com convivência e com gênios difíceis. Mas deixa pra lá, não quero aborrecer ninguém com meus problemas. O mundo não merece ouvi-los.

Quero pensar cada vez mais em mim esse ano. Tornar-me um egoísta nato. Quero me preocupar com meu trabalho, com minha dissertação, com meus pais e meus irmãos (sem agregados nenhuns!!!), com meus amigos de verdade. Mais nada. Descobri que o dinheiro compra pouca coisa, mas é responsável por um monte de outras coisas ruins. Desisti de correr atrás dele. Ele que venha atrás de mim.

O único plano que fiz é que vou a mais micaretas que o no ano passado. Isso já me deixará mais pobre o suficiente para aprender a curtir a vida sem muitos stresses, sem ligar muito para as conseqüências.

Vou continuar com o FdG. Preciso continuar. Meus dias são mais interessantes quando os leio através desse blog. Serão muitos mustafás outra vez. Afinal já foram quase trezentos.

Ufa! Tenho dito...

Mustafá!



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