Bem, tenho muitas novidades e esse post ficará enorme, já vou logo avisando. Até porque resolvi colocar algumas fotos para ficar mais interessante.
Meu aniversário foi muito divertido. Tenho certeza que os amigos que foram e conseguiram entrar gostaram muito. Já os que não foram e os que ficaram na fila do lado de fora, sinto muito... Ganhei muitos presentes e, tenho a impressão, de que as pessoas querem me ver de verde nesse ano que se inicia. Ganhei presentes cultos (livros, cds e dvds) e presentes para as baladas (roupas e bebidas). Gostei de todos. Principalmente adorei a presença de pessoas divertidas e que caíram no samba comigo.
Voltar para Virgínia teve um gosto diferente dessa vez. Levava comigo saudades de todos. Trouxe de volta um pouco de magoa (algumas pessoas têm o dom de fazer isso comigo), um pouco de raiva (sou genioso sim e quando algumas coisas ficam entaladas em minha garganta meu organismo todo responde) e a sensação de que tenho me distanciado cada vez mais de lá (não me reconheço mais nas pessoas, nas conversas, nos programas...). E o pior de tudo: a família não vai bem: ciúmes e inveja e tudo isso misturado. Uma receita perfeita para discussões e para ter a impressão de que não conheço as pessoas com as quais eu convivo há muito tempo.
A noite de natal caiu triste. Quando estamos reunidos as ausências se fazem mais sentidas. Mas nem tudo foi motivo para choro. Ver a família reunida, mesmo que por pouco tempo, foi divertido. Ganhei muitos presentes. Uma constatação: nós não somos mais os mesmos que nos reuníamos em volta daquela mesa da casa da Vó Ita. Não só crescemos, mas pensamos e agimos de maneira diferente um do outro. Resumo da ópera: algumas alfinetadas aqui, alguns abraços meio duvidosos acolá e a rispidez de algumas pessoas de sempre...
Fazer as malas para o Rio foi mais divertido do que eu imaginava. A ansiedade pela cidade maravilhosa somou-se a vontade de sair daquela roda viva que se tornara a minha cidade natal. Chegar no Rio e reencontrar amigos e o mar foi definitivamente maravilhoso.

Algumas experiências inusitadas aconteceram: primeiramente juntar duas pontas da minha vida. Reunir amigos de Virgínia e de BH foi uma coisa muito boa, como se tudo fizesse parte de um bolo muito saboroso. Depois fomos para a Avenida Rio Branco e desfilar ao som de marchinhas e sambas enredo foi como se eu fizesse parte realmente do Rio e me tornasse, momentaneamente, carioca. Acho que puxei o r, sei lá... Bem, de famosos, não vimos ninguém, a não ser o Lobão, o Serginho (cabelereiro do BBB) e a Perla Menescau, ou seja, ninguém de famoso mesmo... Mas sei que estive muito perto de gente muito famosa, afinal de contas assistimos aos fogos num terraço de frente para a praia de Copacabana. Aliás, essa foi outra coisa inusitada. A vida vale mesmo pelos contatos que a gente tem...
Bebemos o suficiente para ficarmos muito mais felizes do que qualquer outra pessoa na orla de Copacabana e Ipanema. Para falar a verdade éramos, sem dúvidas, os mais felizes daquelas 2 milhões de pessoas. Choveu uma quantidade suficiente de água para lavar aquilo que estava estranho em mim do natal. Voltei melhor para casa, mesmo querendo me mudar de vez para o Rio.
O Rio, para variar, é a cidade onde as contradições convivem muito bem. Se quando olhávamos para baixo do terraço enxergávamos um monte de gente amontoada, se espremendo para conseguir olhar para o céu, ao olhar para os lados enxergávamos gente muito fina, elegante e pouco sincera (contrariando as expectativas de Lulu Santos). Mas todos, dos que empunhavam champagnes aos que arrastavam uma cidra, estavam muito felizes.




Não fiz planos para 2006. 2005 foi um ano muito tranqüilo e se essa tranqüilidade permanecer ficarei feliz. Descobri que tenho alguns amigos muito sinceros. A vontade de estar ao lado de todos vendo aqueles fogos fez com que eu tivesse que engolir o choro, mas foi, tenho certeza, melhor do que não sentir nada ou ainda solidão.
Descobri também que família não se constrói com boas intenções, se constrói com convivência e com gênios difíceis. Mas deixa pra lá, não quero aborrecer ninguém com meus problemas. O mundo não merece ouvi-los.
Quero pensar cada vez mais em mim esse ano. Tornar-me um egoísta nato. Quero me preocupar com meu trabalho, com minha dissertação, com meus pais e meus irmãos (sem agregados nenhuns!!!), com meus amigos de verdade. Mais nada. Descobri que o dinheiro compra pouca coisa, mas é responsável por um monte de outras coisas ruins. Desisti de correr atrás dele. Ele que venha atrás de mim.
O único plano que fiz é que vou a mais micaretas que o no ano passado. Isso já me deixará mais pobre o suficiente para aprender a curtir a vida sem muitos stresses, sem ligar muito para as conseqüências.
Vou continuar com o FdG. Preciso continuar. Meus dias são mais interessantes quando os leio através desse blog. Serão muitos mustafás outra vez. Afinal já foram quase trezentos.
Ufa! Tenho dito...
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