
Talvez não dê tempo de escrever muito hoje, pois preciso sair e comprar minha arma de fogo. Afinal, foi esse o direito que me garantiu a maioria da sociedade brasileira na votação de ontem. Preciso me armar urgentemente para que, na iminência de um assalto, eu possa atirar no criminoso, mata-lo e sair ileso.
Não me decidi ao certo, mas pretendo comprar uma garrucha ou uma cartucheira, para que tudo fique muito parecido com aqueles tempos em que não era nascido ainda, no interior. No tempo do olho-por-olho e da justiça com as próprias mãos.
A violência deve enfim terminar agora, uma vez que todos nós teremos (ou poderemos ter) armas para nos proteger dos ladrões, estupradores... Uma dúvida: já tem armas de fogo contra corruptos?
Ontem, garantiu-se o direito de andar armado. Pelo menos foi essa a desculpa que levou inúmeros cidadãos às urnas. Muitos disseram que não querem perder nenhum de seus direitos reservados na constituição.
Boa educação? A maioria não tem. Comida? Os números de desnutrição não mentem. Trabalho? As filas, os anúncios, as agências de emprego se encarregam dessas estatísticas. Dignidade? Se os itens anteriores estiverem falhos, estará também a dignidade de um povo: onde se lê e não se interpreta, onde não se alimenta adequadamente e onde não se pode produzir, o que falar da auto-estima dos cidadãos?
Mas continuemos a luta com armas de fogo em punho!
Eu vou sair e comprar minha arma de fogo. Pensei em usar a minha inteligência. Mas contra quem?
Mustafá!
Não me decidi ao certo, mas pretendo comprar uma garrucha ou uma cartucheira, para que tudo fique muito parecido com aqueles tempos em que não era nascido ainda, no interior. No tempo do olho-por-olho e da justiça com as próprias mãos.
A violência deve enfim terminar agora, uma vez que todos nós teremos (ou poderemos ter) armas para nos proteger dos ladrões, estupradores... Uma dúvida: já tem armas de fogo contra corruptos?
Ontem, garantiu-se o direito de andar armado. Pelo menos foi essa a desculpa que levou inúmeros cidadãos às urnas. Muitos disseram que não querem perder nenhum de seus direitos reservados na constituição.
Boa educação? A maioria não tem. Comida? Os números de desnutrição não mentem. Trabalho? As filas, os anúncios, as agências de emprego se encarregam dessas estatísticas. Dignidade? Se os itens anteriores estiverem falhos, estará também a dignidade de um povo: onde se lê e não se interpreta, onde não se alimenta adequadamente e onde não se pode produzir, o que falar da auto-estima dos cidadãos?
Mas continuemos a luta com armas de fogo em punho!
Eu vou sair e comprar minha arma de fogo. Pensei em usar a minha inteligência. Mas contra quem?
Mustafá!
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