terça-feira, 27 de setembro de 2005

Pela culatra

Há dias venho recebendo e-mails a respeito do referendo que ocorrerá a respeito da liberação ou não do uso de armas por civis. Vários são os apontamentos que quero fazer aqui no FdG.

Primeiramente acho que chamar de referendo faz com que as coisas se pareçam maiores do que realmente são. É preciso que todos saibam o que vão escolher e, portanto, seria interessante que ninguém se intimidasse com a palavra “referendo”.

Depois fica claro que com tal referendo o governo passa para o povo uma responsabilidade que é do Estado. Quem vai se responsabilizar por um assassinato depois da maioria da população ter votado contra a proibição de armas para civis?
Nossa proteção e nosso direito de segurança se tornam não mais direitos, mas responsabilidades nossa.

Democracia é muito mais que permitir ao povo para que ele decida o que quer. O poder que emana do povo já foi exercido uma vez que a maioria já escolheu seu representante. Esse representante é quem deve escolher o representante de nossa segurança e, esse sim, deve tomar medidas para que a situação violenta em que vivemos seja resolvida.

Somos vítimas de bandidos e criminosos diariamente. Não podemos nos tornar reféns de nós mesmos. Não podemos construir nossas próprias prisões e nem fazer de nossas vizinhanças, cidades e país, um círculo de fogo, onde quem fala mais alto está protegido por armas.
Mustafá!
Obs.: estou com problemas com fotos, figuras e afins... Desculpem-me.

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