Fernando Pessoa teve vários heterônimos. Heterônimos são invenções de personagens completos pelos próprios autores, que têm uma biografia própria, estilos literários diferenciados, e que produzem uma obra paralela à do seu criador.
O primeiro heterônimo de Pessoa aqui apresentado será Alberto Caeiro. E nada melhor que o próprio Fernando Pessoa para contar a biografia do escritor que era um pedaço dele mesmo:
"Nasceu em Lisboa, mas viveu quase toda a sua vida no campo. Não teve profissão, nem educação quase alguma, só instrução primária; morreram-lhe cedo o pai e a mãe, e deixou-se ficar em casa, vivendo de uns pequenos rendimentos. Vivia com uma tia velha, tia avó. Morreu tuberculoso."
Mas é Alberto Caeiro quem afirma:
"Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é. Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem por que ama, nem o que é amar..."*
Caeiro escreve com a linguagem simples e o vocabulário limitado de um poeta camponês pouco letrado.
O trecho agora apresentado vem do poema “O poema do Menino Jesus”, em que Caeiro “cria” um Jesus mais humano, que vem à terra para com ele viver e conviver:
O primeiro heterônimo de Pessoa aqui apresentado será Alberto Caeiro. E nada melhor que o próprio Fernando Pessoa para contar a biografia do escritor que era um pedaço dele mesmo:
"Nasceu em Lisboa, mas viveu quase toda a sua vida no campo. Não teve profissão, nem educação quase alguma, só instrução primária; morreram-lhe cedo o pai e a mãe, e deixou-se ficar em casa, vivendo de uns pequenos rendimentos. Vivia com uma tia velha, tia avó. Morreu tuberculoso."
Mas é Alberto Caeiro quem afirma:
"Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é. Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem por que ama, nem o que é amar..."*
Caeiro escreve com a linguagem simples e o vocabulário limitado de um poeta camponês pouco letrado.
O trecho agora apresentado vem do poema “O poema do Menino Jesus”, em que Caeiro “cria” um Jesus mais humano, que vem à terra para com ele viver e conviver:
(Trecho)
“Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias”
(Alberto Caeiro)
(Alberto Caeiro)
Mustafá!
PS.: 1) Grande progresso em uma semana: de João Kleber a José Simão!
2) Plágio: do Lat. plagiu <>plagiato;cópia fraudulenta do trabalho de outrem que um autor apresenta como sua.
3) Isso, definitivamente, não ocorre aqui!
* Segundo poema de “O guardador de Rebanhos
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