quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sobre o óbvio


O estranho é que é difícil pra gente perceber que conselhos não existem. Eles são óbvios e o óbvio não existe. O obóvio... Todo mundo sabe como agir, todo mundo sabe o que quer e todo mundo sabe o seu limite e, principalmente, o seu limite com relação às atitudes do outro. Mas, em contrapartida, tem um monte de sentimento envolvido nessa maneira "correta" de agir. É amor, é pena, é dó, é felicidade, é hábito... Ai não faz sentido.

Ai vem o "trocar os pés pelas mãos" e, cinco segundos depois, aparece alguém dizendo pra você como agir e o que fazer quando isso acontece. O "quando isso acontece" já aconteceu e, portanto, parece tarde. O óbvio. Mas o óbvio não existe...
O que mais me surpreendeu quando eu comecei a fazer terapia é que a psicóloga não me dizia nada. Parece cômico, mas reside aí o cerne da coisa: ninguém tem que me dizer nada, porque eu vou continuar dando murro em ponta de faca até o momento em que eu – só eu – tiver sentimentos de menos, que me permitam uma mudança.
E o fato é que, por mais que minhas burradas sejam conscientes, parece que quem as comete não sou eu.
Sentimento é como bebida. Espere ele fazer todo o efeito e tudo voltará a ser feio e torto.
A vida é assim... Óbvia... Mas o óbvio não existe...

Mustafá!

0 Comentários: