quarta-feira, 15 de abril de 2009

A ponte que não existe


Existem várias coisas que separam o mundo possível e o mundo ideal. Várias delas são óbvias. A imaginação, a possibilidade, o incrível, a esperança... faz com que pisemos, vez ou outra, no mundo ideal. Naquele que habitaríamos sem reclamar. Por outro lado, os problemas, as arestas a serem aparadas, os pés e mãos atados, os limites, as paredes... faz com que estacionemos neste mundo que é bom, mas é o possível.
Esticar a mão talvez não nos faça alcançar o mundo ideal. Simplesmente gostar, simplesmente querer, simplesmente esperar não nos faz conquistar esse mundo perfeito que escolheríamos se esta oportunidade tivéssemos.
A distância do mundo possível ao ideal se chama preocupação. Será que vai dar certo? Será que vai melhorar? Será?!
O caminho do mundo possível ao ideal se percorre com a mente, mas o cansaço é refletido no corpo. Os ombros doem mais que as pernas. Eu não suportaria todas as dores do mundo possível. Assim como eu acho que não suportaria toda a felicidade do mundo ideal. Sou ser humano de um mundo possível e por isso preciso do sofrimento para crescer.
Tenho medo de não perceber o mundo ideal existente no mundo possível.
Mustafá!

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