segunda-feira, 18 de agosto de 2008

"Nem sei que dor que me dá!"


Daí que Jorge, quero dizer, que Caymmi morreu. Eu acreditava, loucamente, que ele já havia morrido e que, ainda por cima, era marido da Zélia Gatai. Foi que eu vi no noticiário que ele não era Jorge Amado e que sua mulher, por quem ele provavelmente morreu, ainda estava vivinha da Silva - não muito, diga-se de passagem - e se chamava Sofia. Ou Sônia?

Dissseram que a MPB chorou pela sua morte, devido a sua grande obra prestada sobretudo à música popular. Disseram que ele escrevia sobre o hábito, sobre a brejeirice do povo baiano... Que a MPB chore, porque não choro eu. Tá, o cara (perdoe-me a informalidade) marcou a música popular pelo seu jeito "brejeiro" de cantar, mas pra mim ele cantava fácil. A melodia era fácil, a letra era fácil. A melodia era repetitiva, a letra era repetitiva.

Mesmo Maria Bethânia cantando Caymmi era pra mim um martírio. E olha que se Maria Bethânia cantar Créu eu escuto e compro o CD.

Dorival Caymmi pra mim representava bem o povo baiano: aparentava necessidade de um banho, tinha cara de preguiçoso e suas letras me cheiravam a espertesa...

Uma vez fui ver a família Caymmi. Fiquei horas, eu digo 4 horas esperando eles cantarem. Daí que eles entraram, falaram meia hora do livro que estavam lançando e cantaram "Marina" e foram embora. Eu posso? "Marina" é um símbolo do caymmismo pra mim: letra frágil, música quase molenga... Haja paciência...

E o tanto de iaia e de ioio nas músicas?

Aff...

Mustafá!


Obs.: "Desdigo" tudo se Nana Caymmi me cantar ao pé do ouvido: Resposta ao Tempo.

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