terça-feira, 13 de abril de 2010

De pecado em pecado...


Parece febre, mas a doença já se arrasta há anos. As acusações de pedofilia por padres se acumulam nos noticários e jornais, desde quando Bento XVI ainda era Joseph Ratzinger. Antes disso até!
Causa-me ainda algum espanto as pessoas continuarem discutindo as mesmas questões de antigamente: homossexualidade, celibato e castidade. Na minha opinião a coisa já deveria estar resolvida. De fato o grande problema é a pedofilia em si. A Organização Mundial de Saúde considera a preferência por crianças uma doença, que se enquadra nos desvios sexuais. Dessa forma, os diagnosticados deveriam ser tratados, muito embora a própria medicina e áreas relacionadas desacretidem dos tratamentos. Acobertar esses criminosos é crime assim como seus atos.
Ficar discutindo homossexualidade nesse momento não contribui muito, até porque são coisas bem distintas. O fato de uma pessoa ter sua orientação voltada para experiências sexuais com outras do mesmo sexo, não significa que ela precisa sair à cata de criancinhas. Há pessoas bem resolvidas e capazes de decidir por si mesmas à disposição.
Celibato e castidade então, nem me fale! Se o padre aceitou/escolheu fazer o voto de castidade, o problema é dele. Se é homo, bi ou heterossexual, não importa. A questão é, nas palavras de João Paulo II: "todo o cristão que recebe o sacramento da Ordem compromete-se ao celibato com plena consciência e liberdade". Independente da orientação sexual, devem cumprir seu voto. Se o celibato e a castidade na igreja é importante, aí já é outro assunto.
Enquanto a igreja fechar seus olhos aos crimes que esses pedófilos cometem, a sociedade abrirá as vendas da generalização e desacreditará não só dos ministros, mas de seus ritos.
Mustafá!
Imagem: Alegoria da Castidade - Hans Memling

2 Comentários:

Tia Marilia disse...

Concordo plenamente com vc.
As vezes tenho a sensação de que é um acobertando o outro, talvez por seus próprios julgamentos pelos
seus "pecadinhos" ou até mesmo por seus "defeitinhos" sei lá...

Mara Toledo disse...

A Igreja é uma piada...