quarta-feira, 10 de junho de 2009

Dia dos namorados

O dia dos namorados, assim como todas as datas comemorativas em que se presenteia ou se ganha presente de alguém, são meramente comerciais. Basta ir aos shoppings e marmanjões estão segurando embrulhos rosas e meninas delicadas segurando singelas sacolas discretas... Todo ano é assim. Enquanto isso a mulherada encalhada morre por não poder encher o namorado de mimos e os homens se vangloriam – mentirosamente – dos benefícios de se ser solteiro...
Estava conversando – por email – com uma amiga e constatei que, no início de namoro, qualquer presente é motivo de suspiros... Se você der uma bola furada, aquela bola furada será considerada o objeto de arte contemporânea mais bonita que já se viu na história da humanidade. Tudo é lindo e maravilhoso nessa época. Você se mata para encontrar o presente perfeito, sem perceber que não há presente perfeito: tudo é perfeito! Depois, com o tempo, as caras amarelas diante do presente inusitado aparecem, as trocas nas lojas são mais frequentes, e o pior: o objeto vai para o guarda-roupa ou para a gaveta e nunca sai de lá. Sem contar o trabalho e a Ai ambos caem na racionalidade e vão dando dicas mais explícitas do tipo, nossa meu perfume está acabando, minhas calças estão velhas ou não me servem... Com a intimidade, de verdade, nasce a lista e ai descamba: tem que ser aquela calça daquela loja, daquela marca... Está instaurada a rotina!
Mustafá!

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