quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Fila indiana


Tenho um amigo que tem pesadelos com filas. Seu sono é, muitas vezes, perturbado por essa fobia que o acompanha sempre. Não almoçamos em determinados lugares com ele porque a fila está grande. Ele é capaz de comparar a fila daqueles que vão servir com a fila daqueles que vão pagar e fazer conta do tempo que a gente vai ficar almoçando, só para saber se vamos enfrentar duas filas no mesmo lugar, no mesmo dia... Um sofrimento só. Morasse ele na China e nada disso lhe ocorreria (conhecimento adquirido durante as Olimpíadas).



Hoje fui tomar vacina e vendo a fila e estando sozinho, resolvi enfrentá-la. Estava achando um absurdo eu, uma pessoa sempre tão engajada em ser engajada, não ter tomado a proteção contra a rubéola.



Fila de vacina é um problema: todo mundo "super" corajoso. Sorrisos amarelos, suspiros, ansiedade retratada nos pés e nas mãos - quando não no corpo inteiro... -, aquela conversa fiada de que a agulha é pequena, é fina e tal... Todo mundo - sem exceção - morrendo de medo daquela seringa...



E num é que a fila sumiu em menos de 5 minutos? "Como assim?" diria Luciana Gimmenez e o digo eu? E aquela promessa que toda fila nos faz diariamente? De ser lenta, de ser porre, de durar muito, de dar cansaço, de dar canseira, de dar ódio, de dar irritação? Tivesse meu amigo comigo e - só dessa vez - não teria ficado feliz...



Só sei que num minuto a fila andou e num outro já estava eu lá feliz por estar imunizado.

Quem quiser não enfrentar fila e passar por um aperto rápido e ajudar a sociedade a combater a rubéola é só clicar aqui: Lista.



Quem quiser rir um pouco: Cacete de agulha!


Mustafá!

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