A minha felicidade com o resultado da votação do STF com relação à pesquisa de embriões durou pouco. Acho que enfim "eles" chegaram à conclusão mais óbvia. O problema agora será convencer grande parte da população de que essa é uma decisão que chega, no mínimo, atrasada e que nos colocava no hall dos países subdesenvolvidos com relação à pesquisa científica.
Digo isso que, indo para o trabalho escuto a seguinte opinião: "A liberação da pequisa com embriões, por um lado, é muito importante, porque pode beneficiar muita gente. Mas por outro, eu sou contra porque eles estão querendo comprovar a inexistência de Deus dizendo que o homem é capaz de recriar a vida humana".
O quê??? Repete!!! "Eles estão querendo comprovar a inexistência de Deus..."
"Como assim?", diria Luciana Gimenez e eu faço minhas as palavras dela... Se você é universitário e, ainda assim, você mistura religião com ciência com esse tipo de argumento, um conselho: não pronuncie suas opiniões em coletivos. Se você é religioso e não enxerga os milhares de esperançosos (para/tetraplégicos, portadores de doenças degenerativas etc.) que poderão se beneficiar com essa decisão, uma ordem: torne-se mais humano e reveja suas crenças. Se o seu Deus é tão frágil que o poder dos homens pode eliminá-lo, um aviso: sua fé é uma mentira.
Não há nada que me irrite mais do que discussões com argumentos frágeis e crenças vazias. Filhinha: ninguém está querendo recriar a vida humana, até porque isso já é mais que possível, acredite no que eu estou falando. O buraco é mais embaixo e nem se assemelha a esse buraco vazio que há no seu cérebro.
Algumas pessoas têm o dom de acreditar que o som das explosões que escutam são apenas barulhos. Esquecem que muitas pessoas podem estar sofrendo em meio aos escombros. O que eu chamo de egoísia: egoísmo mais hipocrisia.
Mustafá!
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