quinta-feira, 24 de abril de 2008

Surreal


Tentem imaginar o que vou narrar agora. É surreal, o título não poderia ser outro...

Estou eu saindo do meu trabalho na UFMG e uma menina (doravente denominada de "Ser", porque a melhor descrição que eu posso fazer dela é que ela era um ser bizarro) me dá uma encarada. A princípio achei que fosse com segundas intenções, depois vi que ela usavas óculos "fundo de garrafa" e pensei que ela estivesse só mirando para me ver melhor. Cheguei inclusive a achar que ela estava me confundindo com outra pessoa. Continuei descendo as escadas, ela fazendo o mesmo na minha frente, e ao passar pelas roletas da saída (ela também passou) vi que o sol estava forte. Abri minha mochila, peguei meus óculos e...

::Preparem-se para cenas fortes::

... escuto o Ser falando com uma voz de marreco:

Ser: Ô seu vagabundo, você veio atrás da minha bunda ná?
Eu: (distraído sem nem me dar conta de que era comigo).

Ser: Ô seu vagabundo!

Eu: Você está falando comigo? (cara de "como assim"?)

Ser: Não se faça de idiota, você veio atrás da minha bunda né seu safado?

Eu: Repete, eu não entendi!

Ser: É isso mesmo... Você veio atrás da minha bunda né seu vagabundo?

Eu analisei bem sua estatura (mínima), o seu peso (máximo), a sua beleza (mínima), os seus cabelos (pula), a sua roupa (pula de novo), o conjunto todo (socorro!) e falei:

Eu: Minha filha, vê se te enxerga!

Gente, inúmeros motivos eu tenho para não olhar para aquele "ser", uns mais importantes que outros, mas o que leva alguém a ter a auto-estima tão elevada a ponto de reclamar que alguém está olhando ("indo atrás") a sua bunda? Se eu fosse ela, quando alguém olhasse a minha bunda eu diria: "Obrigado, às ordens!"

Vão continuar como estão: ela, a bunda dela, mais nada... E que Deus encontre algum Ser que mereça aquilo! Amém.

Mustafá!

1 Comentários:

Anônimo disse...

Sensacional, Leandro!!!!!