quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Amor no tempo de cócegas...


O que dá mais longevidade ao amor?
A distância física, essa que alimenta o sonho da gente, que transforma a pessoa amada na pessoa mais interessante, pelo simples fato de não tê-la ao nosso lado?
Acredito que sim... Não há amor que perdure à convivência. Convivência aumenta o respeito, o carinho, a companhia, mas amor não...
Por que eu estou falando isto? Porque eu assisti ao "O amor nos tempos do cólera". Eu e minha companheira de cinema atual, a Fer. Gostei muito e muito mesmo, mesmo sabendo que não há roteiro que consiga levar a essência de Gabriel Garcia Marquez à telona... Recomendo (que assistam ao filme e que corram, porque já deve estar saindo de cartaz).
Parêntese para o fato bizarro no final do filme... Uma mulher atacada pela qualidade do filme nos acompanha até a saída dizendo que vive uma estória parecida. Diz que seu primeiro amor ofereceu passagem, comida e roupa lavada para que ela vá para os EUA viver com ele o amor que interromperam. Ela está separada, mas como é muito católica, acha que só se ficar viúva poderá viver essa felicidade.
Eu, com essa mania de privilegiar a felicidade egoísta, já dei logo o conselho: "Racha fora! Pega a passagem e vai ser feliz. Deus não quer ninguém infeliz..."
Ela disse aos berros e de boca aberta para que nós percebemos sua ausência dentária: "Você acha Fernando?*".
Acho! E se eu chamasse Fernando então...
Ela se convenceu que não dá mais para adiar a felicidade... Foi gritando aos sete ventos sua estória de vida...
Depois dizem que eu é que sou exibido de ficar contando minha vida aqui no FdG.
Mustafá!

*Além de "outgoing" ela trocava o meu nome e o da Fernanda o tempo todo.

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