terça-feira, 9 de outubro de 2007

Osso duro de roer


Assisti, nesse final de semana, ao filme "Tropa de elite". Estou longe de o considerar facistas, como fizeram alguns... Estou longe também de conseguir me entreter como um filme desses. "Tropa de elite" transcende o entretenimento e abre-nos as portas de casas cujas janelas já estavam escancaradas há muito tempo: da violência e da corrupção.

Da violência do morro, do tráfico e, principalmente da polícia. Da corrupção de menores, do traficante e, principalmente da polícia.

Sentados, inertes a tanta verdade, a única sensação que temos é que somos culpados e que, para tantos complexos problemas, não há saída a não ser acabar com tudo e começar do zero.

O problema começa na PM despreparada que sobe o morro, recebe dinheiro para fazer vista grossa, vende munição e se choca com criminosos com armas mais potentes que a sua, . O problema continua com o Bope (uma espécie de Garra) que, agora sim "preparada" sobe o morro estraçalhando quem quer que veja pela frente. Vale tudo: tiro, soco, tortura... O problema permanesse com a bela menina da ONG, que defende os favelados mas, por outro lado, fuma maconha, ou seja, alimenta o tráfico. O problema é ainda mais proeminente, quando se tem uma sociedade que finge que não vê que isso acontece, finge que não tem nada a ver com isso e finge que não é verdade o que vê no cinema.

Essa sociedade é formada por mim e por você.

Eu não gostaria de assistir às cenas dos próximos capítulos...

Mustafá!

0 Comentários: