terça-feira, 31 de julho de 2007

DIÁRIO DE UMA VIAGEM

Voltei! Mesmo com as contrariedades dos céus e dos aeroportos brasileiros, eu voltei! Não foi fácil viajar um dia depois da maior tragédia da aviação brasileira, depois de muita turbulência de BH ao Rio e de vários atrasos e cancelamentos de vôos. Mas de qualquer forma estamos vivos...
Paris é, verdadeiramente a cidade luz. Luz pelo sol que, nessa época do ano, só se põe às 22h; luz pela cultura que emana de seus prédios, suas ruas, suas obras de arte e de sua gente; e luz pelo brilho intenso de sua elegância e riqueza.

O Arco do Triunfo

Tudo é surpreendentemente bonito naquelas terras francesas. Não há lugar que se possa dizer simples na capital. O mais interessante de tudo é que as construções parecem combinar-se formando um imenso complexo de beleza, cultura e, digamos, sacralidade. Os pontos turísticos se fundem confundindo os olhos da gente com tanta coisa interessante para ser vista...

Trocadéro, Torre Eifel e École Militar

Posso afirmar que a Torre Eifel não impressiona tanto quanto o Cristo Redentor, mas seus arredores deixam de boca aberta qualquer turísta carioca. O Trocadéro em frente o Palais de Challot, a Torre e a École Militar, formam uma combinação incrível. É, sem dúvida, o lugar mais bonito que vi.


Torre Eifel

O Musée du Louvre, com certeza, foi o lugar em que mais fiquei impressionado com a construção. O imenso museu, além de ser - muito provavelmente - o lugar com as maiores riquezas artísticas e demonstrações da existência humana, é o prédio mais imponente e mais belo que vi. As pirâmides, apesar de não combinarem com as fachadas medievais, são muito bonitas e dão a iluminação essencial a entrada do museu. Ficamos sete horas em seu interior, mas precisaria de uns 3 ou 4 dias para apreciá-lo com a calma que merece.

Museu Do Louvre
Monalisa
Eu e minha tia num espelho psicodélico

Meus olhos dificilmente verão jardins mais bonitos do que os de Luxemburgo e de Verssailes. O primeiro por ser um oasis em meio a grande Paris e o segundo, por nos proporcionar tanta beleza sem que possamos precisar com nossas vistas humanas sua verdadeira proporção. O Chateau, embora maravilhoso, por fora não é mais bonito que as construções da capital, mas por dentro, uma viagem no tempo para encontrarmos os móveis e objetos de Luiz XV.



O Sena é o rio mais romântico que conheci. O passeio que fizemos sobre ele nos surpreendeu com vistas inesperadas da Ile de La Cité e da Catedral de Nôtre-Dame. Esta, por sua vez, abriga os tesouros da Igreja. Belíssimos ostensórios e relíquias religosas podem ser vistas por apenas 3 euros. Trouxe uma medalha da igreja. Fiz também um pedido, como manda o figurino.
Ile de La Cité

Catedral de Notre Dame

Alguns mitos caíram mas alguns sobreviveram. Os franceses cheiram mal, é verdade. Apesar de produzirem os almejados perfumes eles não fazem o devido uso dessa iguaria (é possível passar a quantidade que se quiser de perfume nas lojas sem que se leve um olhar de repreensão). Ou, se o fazem, fazem sem que tivesse tomado banho ou lavado as roupas antes de colocá-las novamente. Por outro lado são muito educados e, diferente dos brasileiros, são sérios, o que não tira o direito de serem bem humorados. Falam inglês sim, mas se sentirem o devido respeito com o francês. Muitas vezes nos levaram até o ponto que queríamos ao invés de, simplesmente, indicarem-nos a direção. A comida é cara, mas muito gostosa. Apesar das previsões, não passei fome e a quantidade é a suficiente para matar a fome: longe dos excessos dos sul-americanos. Além disso são despojados para comer. Colocam a mão na comida e limpam o prato com o pão. Esse, por sinal, é o alimento mais procurado por eles. Volta e meia deparava com um francês segurando uma baguete na mão despedaçando aos poucos enquanto caminhava pela rua.

Champs-Élysées

Paris é, verdadeiramente, uma cidade para se conhecer a pé. Mesmo que suas linhas de metro nos leve a qualquer lugar e que os ônibus sejam receptivos locais para se conhecer as belas paisagens parisienses sentado, é andando que se descobre a capital da França. A cada quarteirão uma surpresa: a cidade luz...

Mustafá!

1 Comentários:

Anônimo disse...

Leandro,
Lindo seu diário de viagem, deu pra eu viajar pelas sua escrita, foi como se eu estivesse lá.
Em todas as aulas de francês os professores disseram isso mesmo que você citou.
Beijos,