quinta-feira, 21 de julho de 2005

30 minutos...


Um dia tomado pela certeza de que algo de bom me guiava ontem quando, ao sair da biblioteca da Faculdade de Direito, não encontro com os ladrões que assaltaram o Banco do Brasil que existe logo acima da entrada da biblioteca. Ufa! Já tinha ouvido falar em estar no momento exato e no lugar exato, mas nunca me ocorreu a expressão "não estar no lugar exato e nem na hora exata", ufa de novo!
Fiquei pensando, quase que filosofando, sobre o que pode ter ocorrido: livre arbítrio (escolher sair e não fazer hora besta, ou melhor, extra?); um sinal de Deus, ou seja, Ele não me queria lá, por isso eu saí e não era o meu momento de ser refém de nenhum assalto; ou ainda a simples conclusão de que se a biblioteca fecha às 19 horas, o que diabos estaria eu fazendo lá às 19 e 30, horário do ocorrido?
A primeira idéia é intuitiva demais, não faz meu gênero. Eu creio na segunda idéia, mas a acho cômoda demais, não creio que Deus cuide de tantas vidas assim, há vidas mais importantes que a minha, pessoas que correm mais perigo que eu e que merecem mais atenções divinas. A terceira idéia é a que me fala mais alto...
Só sei que não fico um minuto a mais do meu horário de trabalho, vai que o ladrão sabe o horário de funcionamento da biblioteca e não quer cruzar com nenhum usuário e/ou bibliotecário no seu caminho para o crime.
Não digam que isso é síndrome de funcionário público (que cinco minutos antes já está arrumado para ir embora). Isso é síndrome do pânico (que cinco minutos antes faz muita diferença: de vida, de morte ou de susto!).
Mustafá!

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