Sou bibliotecário. Minha vida é catalogar por esse país, como diria uma amiga. Tenho a “simples” tarefa de selecionar, organizar, armazenar e disseminar informação. Isso numa sociedade que, atualmente, vale muito mais por aquilo que significa (pela informação que passa) do que simplesmente pelo que é.
Tento cumprir a impossível proposta de organizar o mundo e recolher tudo o que pode transmitir informação, como queriam os primeiros governantes na antiguidade: deter todo o conhecimento do universo num só lugar: a biblioteca. Sei que isso é impossível e por isso essa idéia me consome. Outra idéia que me corrói é a de que milhares de livros - e cada vez mais eles se multiplicam -, esperam-me, com suas lombadas viradas para mim, para que eu os leia... Será impossível, infelizmente. Tenho a impressão, assim como Matthew Battles (autor de “A conturbada história das bibliotecas”) que “os milhões de livros que ali se encontram podem, de fato, conter a totalidade da experiência humana e que eles não constituem um modelo para o universo, mas sim o universo”.
Não gosto de levantar bandeiras, explicar aos quatro cantos o que é ser um bibliotecário, o que é Biblioteconomia, a importância de um profissional da informação... Prefiro trabalhar, agir, fazer com que o acesso à informação seja facilitado para o maior número de pessoas. Depois, quem tiver olhos para ver, verá! Sou apaixonado por aquilo que faço e conviver com livros e ajudar as pessoas encontrarem soluções para suas perguntas é para mim vital. Gosto de documentos empoeirados e o fato deles assim se encontrarem não significa que são velhos. Documentos, manuscritos ou não, antigos ou não, trazem consigo valores que muitas vezes desconhecemos.
O que me entristece, mas de longe me faz desistir, é que, apesar de nossas bibliotecas estarem cheias de livros, catalogados, indexados e classificados, pronto para os usuários e leitores, nosso país tem um dos menores índices de leitura do mundo. É considerado um bom leitor no Brasil, uma pessoa que lê 2 livros por ano. “Será difícil para um líder sobressair-se nas armas, a menos que ele seja letrado, capaz de perceber que o passado é um espelho do presente. Um líder militar que saiba latim terá grandes vantagens sobre aquele que não sabe”**.
Mustafás bibliófilos! Hoje é dia do bibliotecário. Parabéns pra mim...
* Biblion significa livro em grego.
Tento cumprir a impossível proposta de organizar o mundo e recolher tudo o que pode transmitir informação, como queriam os primeiros governantes na antiguidade: deter todo o conhecimento do universo num só lugar: a biblioteca. Sei que isso é impossível e por isso essa idéia me consome. Outra idéia que me corrói é a de que milhares de livros - e cada vez mais eles se multiplicam -, esperam-me, com suas lombadas viradas para mim, para que eu os leia... Será impossível, infelizmente. Tenho a impressão, assim como Matthew Battles (autor de “A conturbada história das bibliotecas”) que “os milhões de livros que ali se encontram podem, de fato, conter a totalidade da experiência humana e que eles não constituem um modelo para o universo, mas sim o universo”.
Não gosto de levantar bandeiras, explicar aos quatro cantos o que é ser um bibliotecário, o que é Biblioteconomia, a importância de um profissional da informação... Prefiro trabalhar, agir, fazer com que o acesso à informação seja facilitado para o maior número de pessoas. Depois, quem tiver olhos para ver, verá! Sou apaixonado por aquilo que faço e conviver com livros e ajudar as pessoas encontrarem soluções para suas perguntas é para mim vital. Gosto de documentos empoeirados e o fato deles assim se encontrarem não significa que são velhos. Documentos, manuscritos ou não, antigos ou não, trazem consigo valores que muitas vezes desconhecemos.
O que me entristece, mas de longe me faz desistir, é que, apesar de nossas bibliotecas estarem cheias de livros, catalogados, indexados e classificados, pronto para os usuários e leitores, nosso país tem um dos menores índices de leitura do mundo. É considerado um bom leitor no Brasil, uma pessoa que lê 2 livros por ano. “Será difícil para um líder sobressair-se nas armas, a menos que ele seja letrado, capaz de perceber que o passado é um espelho do presente. Um líder militar que saiba latim terá grandes vantagens sobre aquele que não sabe”**.
Mustafás bibliófilos! Hoje é dia do bibliotecário. Parabéns pra mim...
* Biblion significa livro em grego.
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